Professora morta com veneno: tese de sogra suspeita não tem fundamento técnico, diz diretor do IML

  • 18/06/2025
(Foto: Reprodução)
Em carta, Elizabete Arrabaça disse que Larissa Rodrigues havia tomado remédio para dor de estômago que era de Nathalia Garnica, sem saber que continha chumbinho. Análise em restos mortais de Nathalia apontou substância tóxica, mas diferente da que matou Larissa. Diretor do IML de Ribeirão confirma que Nathália Garnica foi envenenada com chumbinho O diretor do Instituto Médico Legal (IML) de Ribeirão Preto (SP), Diógenes Tadeu Cardoso, afirma que as alegações de Elizabete Arrabaça sobre as possíveis circunstâncias que levaram à morte da nora, a professora de pilates Larissa Rodrigues, em março deste ano, não têm fundamento técnico diante das conclusões de um novo laudo que deve chegar à Polícia Civil nos próximos dias. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Em uma carta, a suspeita - presa temporariamente e apontada como última pessoa a estar com Larissa na noite que antecedeu a morte - relatou que a professora havia tomado por engano veneno para rato guardado em uma caixa de um remédio para dor de estômago de Nathalia Garnica, filha de Elizabete que morreu em fevereiro. Mas, segundo ele, as conclusões de um exame toxicológico nos restos mortais de Nathalia, quase um mês após a exumação, apontam que Nathalia e Larissa foram envenenadas por substâncias diferentes. O documento ainda não foi assinado pelo médico responsável e ainda não foi entregue à polícia. "Pelo que a mídia está divulgando que essa carta diz que não foi ela, que alguém colocou em uma caixa de medicação e a filha tomou, e ela deu por um acaso para a nora, isso não tem fundamento técnico nas provas técnicas que a gente achou", diz. Procurada, a defesa de Elizabete Arrabaça informou que ainda não foi comunicada oficialmente sobre o laudo. "Estamos aguardando que o IML solte o laudo com essa informação para que a gente possa então entender como esse laudo veio, inclusive ver se a gente tem os quesitos de quantidade e de qualidade para que a gente faça a analise jurídica", afirmou Bruno Corrêa. Corpos de Nathalia Garnica e Larissa Rodrigues estão sepultados no mesmo túmulo, em Pontal (SP). Reprodução/EPTV Larissa, de 37 anos, foi encontrada morta no apartamento em que vivia com o médico em Ribeirão Preto em 22 de março deste ano. O laudo toxicológico apontou envenenamento pela substância conhecida popularmente como "chumbinho". O exame necroscópico descartou sinais de violência, mas apontou que ela teve lesões no pulmão e no coração, assim como a irmã de Garnica, que morreu aos 42 anos em fevereiro deste ano, após um infarto, mesmo não tendo problemas de saúde aparentes. Além disso, a proximidade das mortes chama atenção dos investigadores. Elizabete Arrabaça, sogra de professora encontrada morta por suspeita de envenenamento em Ribeirão Preto (SP). Reprodução/EPTV A morte da professora de pilates Larissa Rodrigues é tratada inicialmente como um homicídio qualificado na fase de inquérito policial, procedimento que resultou nas prisões temporárias do médico Luiz Antonio Garnica, marido da vítima, e da mãe dele, Elizabete Arrabaça, de 67 anos. A Polícia Civil e o Ministério Público suspeitam que um pedido de divórcio de Larissa, que pouco tempo antes havia descoberto uma relação extraconjugal do marido, pode ter motivado o crime. Além disso, suspeitam da sogra dela, a última pessoa a estar no apartamento da vítima antes da morte da professora. Tanto Garnica quanto Elizabete negam envolvimento na morte de Larissa. Envenenamento por substâncias diferentes A conclusão do IML faz parte de um laudo toxicológico finalizado quase um mês após a exumação de restos mortais de Nathalia Garnica, que morreu um mês antes da professora de pilates Larissa Rodrigues. Cardoso adiantou à reportagem que as análises realizadas Núcleo de Toxicologia do IML em São Paulo apontaram que a substância que matou Nathalia pertence à mesma categoria de veneno e foi encontrada em partes do pulmão, do estômago e do fígado, mas é diferente da que levou à morte de Larissa. Caixão de Nathália Garnica é retirado do túmulo para exumação do corpo em Pontal, SP Aurélio Sal/EPTV LEIA TAMBÉM Irmã de médico suspeito de matar esposa envenenada também morreu após ingerir chumbinho, confirma IML Marido preso pagou conta e tentou fazer transferência com dinheiro de professora morta envenenada, diz gerente de banco IML faz exumação do corpo da irmã de médico suspeito de matar esposa envenenada em Ribeirão Preto Quem é Luiz Garnica, médico preso por suspeita de envolvimento na morte da esposa envenenada De acordo com o diretor do IML, a substância encontrada nos restos mortais de Nathalia é conhecida como "carbofurano", enquanto que a que foi encontrada no exame toxicológico de Larissa é o "aldicarb", com outra composição. Antes de ser entregue à Polícia Civil, o laudo do IML ainda precisa ser assinado pelo médico responsável e contextualizado com outras informações técnicas. As conclusões, segundo ele, não são passíveis de contraprova porque, além de a análise em São Paulo ser baseada em protocolos internacionais, foi antecedida por uma série de cuidados com a amostra coletada no túmulo onde o corpo de Nathalia foi sepultado, em Pontal (SP), em maio. Nathalia Garnica e o irmão, o médico Luiz Antonio Garnica, de Ribeirão Preto (SP). Reprodução/EPTV Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

FONTE: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2025/06/18/professora-morta-com-veneno-tese-de-sogra-suspeita-nao-tem-fundamento-tecnico-diz-diretor-do-iml.ghtml


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